O presidente do Sindicato Rural de Toledo, Nelson Gafuri, entregou em mãos ao prefeito Beto Lunitti, o pedido do setor ruralista para que seja decretado pelo município o estado de emergência em função da crise hídrica. O decreto é considerado essencial para fundamentar os laudos agronômicos que venham a ser requisitados para futuros pedidos de renegociação de financiamentos, entre outras situações pontuais.
Lavouras de soja e milho, bem como pastagens para alimentação do rebanho bovino, passam pelo pior momento com a falta de chuvas desde o início do plantio desta safra 2021/2022. Prejuízos são calculados pelo Departamento de Economia Rural (Deral/Seab de Toledo) confirmando a influência direta do clima seco na produção agrícola e na pecuária. “A seca que afeta nossa região, e especialmente Toledo, já comprometeu a quase totalidade da produção agrícola, como pode ser comprovada em simples conferência junto ao Deral, à Secretaria de Estado da Agricultura e especialmente pela Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento”, enfatiza o documento assinado pelas entidades ligadas ao setor rural.
Além de inviabilizar a colheita futura da safra de verão, a escassez de chuvas e as elevadas temperaturas também atingem muito forte a pecuária. Há registros de mortalidade de suínos, aves e peixes em função destas circunstâncias e redução da produção de leite.
Sindicato Rural de Toledo, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Associação dos Avicultores do Oeste do Paraná (Aaviopar), Associação dos Suinocultores do Oeste do Paraná (Assuinoeste), Associação dos Produtores de Leite de Toledo e Região (Aproltol) e Comissão Técnica de Aquicultura apontam o fornecimento da energia elétrica e seu custo (bandeira vermelha) como outro agravante a esta situação. “Solicitamos a decretação de estado de emergência em nosso município para que os produtores rurais, com essa medida, possam renegociar seus financiamentos junto às instituições bancárias, evitando colapso econômico”, apelam as entidades.