Os agricultores têm constatado o resultado da influência de altas temperaturas na soja. O produtor rural Roberto Scholz avalia alguns diferenciais nesta safra 2023/2024. A colheita segue nesta segunda quinzena de janeiro em várias áreas de Toledo, no Oeste do Paraná.
A constatação de Scholz é de que a produção de soja está satisfatória, diante de todo o trabalho realizado no período de plantio, tratos culturais e acompanhamento das lavouras. “Poderia estar um pouco melhor se a chuva tivesse ocorrido em dezembro, entre Natal e Ano Novo. O calor muito forte prejudicou um pouco, mas é o que temos. E agora é pensar na próxima. Nosso lema é ‘sempre para frente’”, avalia.
Na área de colheita, o agricultor percebeu que a soja teve boa formação de vagens e de grãos. Contudo, o peso de grão não acompanhou um pleno desenvolvimento que, de acordo com o Scholz, é o resultado da falta de chuva mencionada anteriormente. “Ele ficou um grão miúdo e leve. É um grão que ficou meio ‘pálido’; não é um amarelo ouro, bonito”, descreve.
Assim como todos os agricultores que estão recolhendo a soja das áreas cultivas, Roberto Scholz evidencia sua preocupação quanto ao preço de comercialização desta safra. Afinal, em janeiro de 2023, a cotação da soja era de R$ 161,00, e nesta segunda-feira (15/01/2024) a saca de 60 Kg estava cotada pela manhã a R$ 106,00. “Com isso, a nossa rentabilidade está se desenhando muito baixa e a produção não é tão alta. Mas não vamos desanimar. Nossa luta sempre foi essa e temos que tocar o barco. Somos parte da engrenagem que movimenta o País, por isso precisamos mais reconhecimento”, completa.
Veja a colheita da soja na propriedade de Laércio Galante
Clique aqui: Sindicato Rural de Toledo (Facebook)